Foi você ou a inteligência artificial que escreveu? Essa é a pergunta da vez. Exceto uma professora na escola, que precisa avaliar o que um aluno assimilou do conteúdo apresentado na aula, hoje ninguém pergunta se foi a calculadora ou você que fez a conta. Vale o resultado.
Essa discussão não vai fazer diferença no futuro. Da mesma forma que calculadoras fazem contas, plataformas de escrita vão cumprir sua função com menos estranhamento.
Alguns dirão que usar a Inteligência Artificial é terceirizar a produção de conteúdo. A escrita do texto, no entanto, sempre foi terceirizada. A empresa pede um texto para a agência de comunicação. A agência pede para o redator, o redator pede para o estagiário. Depois o texto retorna subindo os degraus em aprovações até ser publicado.
Mas e o estilo pessoal, o conhecimento acumulado, a pesquisa que antecede a redação? Será como já começou a ser feito. Vamos alimentar plataformas com nossos textos, áudios, vídeos, entrevistas, livros que lemos e toda a sorte de matérias-primas que permitirão à IA nos imitar.
A tal ponto que nossas inteligências artificiais particulares não serão apenas autênticas, mas mais velozes e eficientes. Reconhecidas como a nossa própria voz, ou a voz da nossa empresa.
Os cuidados éticos permanecem os mesmos. Se não tem certeza, não publique. Se não sabe a fonte, busque outra de confiança. Não roube, não copie e tudo mais. Cada um terá a sua própria inteligência artificial para escrever, em busca de aprimorá-la todos os dias. É um exercício de “futurologia”. Como você acredita que vai ser?
Só não vale pedir a resposta no Chat GPT:)